Intervenção no 25.º Aniversário da Associação de Solidariedade Social de Loureiro
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Ex.mo Presidente da Direção da Associação de Solidariedade Social de Loureiro, António Rodrigues

Ex.mo Presidente da Câmara Municipal, Hermínio Loureiro

Ex.ma Diretora da DGAL – Direção Geral das Autarquias Locais, Lucília Ferra, em representação do Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita

Ex.mo Presidente da Assembleia de Freguesia, António Silva

Ex.mo Presidente da Assembleia Geral da Associação de Solidariedade Social de Loureiro, Ricardo Castro

Ex.mo Representante da Delegação Distrital da Segurança Social de Aveiro, Dr. Rui Monteiro

Ex.mo Represente da Assembleia Municipal e da FAMOA – Federação das Associações do Município de Oliveira de Azeméis, António Grifo

Ex.mo Pároco de Loureiro, Júlio Dinis Lobo

Ex.mos Dirigentes da Associação de Solidariedade Social de Loureiro e associados

Ex.mos Dirigentes de associações

Ex.ma Comunicação Social

Caras amigas, caros amigos

 

Comemorar 25 anos de uma instituição é algo, que de facto, merece ser celebrado efusivamente por uma comunidade. Tanto uma associação cultural, desportiva, recreativa, ou como esta, de solidariedade social, procuram um objetivo concreto, alicerçado por um conjunto de associados que querem dar mais uma resposta, e uma resposta de qualidade às localidades onde estão inseridas. A Associação de Solidariedade Social de Loureiro nasceu de uma necessidade e de um sonho. A necessidade de dar uma resposta a um conjunto de pessoas, que por força da sociedade atual, deixou de ter só na família o cuidado completo para as exigências higiénicas, de acompanhamento de saúde, e por que não dizê-lo também, a exigência emocional de proximidade.  Um sonho de acompanharmos o mundo, contribuindo desta forma, muito positivamente para tentarmos dar conforto a quem dele precisa, contemplarmos em troca sorrisos, nem que sejam só sorrisos interiores, refletidos no brilho desses olhares que nos interpelam.  Visitai o centro de dia, conversem com os mais velhos da nossa terra e encontrareis esse brilho. Como dizia o grande Padre António Vieira: - Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos quando fazemos. Nos dias que não fazemos, apenas duramos.”

Sabemos que nem sempre a nossa perceção dos desafios que nos rodeiam são os mais corretos, porque vivemos sempre um pouco deformados pelas aparências de um mundo que deixou de se aprofundar e passou na sua generalidade a alimentar-se da espuma dos dias.

E para citar um outro grande homem, agora dos nossos dias, o Papa Francisco: - “O bem tende sempre a comunicar-se. Toda a experiência autêntica de verdade e de beleza procura, por si mesma, a sua expansão; e qualquer pessoa que viva uma libertação profunda adquire maior sensibilidade face às necessidades dos outros.”

A Associação de Solidariedade de Loureiro nasceu dessa necessidade e desse sonho para acudirmos às necessidades dos outros. Por isso, um bem hajam a todos os que nos anos que precederam 1991 se reuniram, se envolveram e tornaram esta associação naquilo que todos conhecemos, com umas instalações dignas, uma resposta social profissional, um empenhamento frequente na sociedade loureirense e oliveirense.

De entre eles, destaco o Sr. António Evangelista de Pinho, rosto mais visível de um conjunto de outros resistentes que ergueram esta IPSS. Gente que se organizou e saiu à Rua, de porta em porta, a pedir uma contribuição para a obra se tornar realidade. Uns deram 5, outros 10, outros 100, 1000 e assim vimos os tijolos a sobreporem-se uns aos outros.

Mas não foram só as gentes individualmente, foram também as grandes empresas, o pequeno comércio e os poderes públicos, Ministério da Tutela, município e Junta de Freguesia. Por isso hoje aqui estamos a celebrar em conjunto, porque em conjunto demos as mãos e foi mais fácil aqui chegar. Por isso foi com muita satisfação que vi divulgada na página do facebook da Associação de Solidariedade Social de Loureiro a presença no passado dia 15 de Novembro, dia em que se completaram os 25 anos desta instituição dos membros do executivo da Junta de Freguesia que em 1991 ajudaram à concretização do sonho. É bom quando ninguém é esquecido na celebração de datas tão importantes. Felicito a direção da ASSL por ter memória.

Também a Junta de Freguesia, nesse mesmo dia 15 de novembro, aprovou por unanimidade um Voto de Louvor, regozijando-se pela efeméride e pelo contributo dado à ação social.

E já que lembrei todos aqueles que contribuíram em 1991, lembrar que a sua grande maioria não se tornou sócio, facto que se tivesse acontecido, decerto estaria esta associação mais forte. Deixo portanto à direção da ASSL a ideia de nestes 25 anos encetar esforços para angariação de associados, sinal de envolvimento cívico dos loureirenses e de vitalidade e abertura da ASSL.

Mas falando de 25 anos, não podia deixar de lembrar aqueles que se envolveram nesta causa e já faleceram, as funcionárias e funcionários que todos os dias trabalham para que este barco chegue sempre a bom porto. E os utilizadores desta instituição, sejam as crianças, sejam os séniores, todos eles, reconheçamos, viram nesta associação uma ajuda nos dias normais ou um amparo nos dias mais difíceis. Lembrá-los a todos é lembrar a história desta associação.

Também uma Palavra de agradecimento à Paroquia de S. João de Loureiro, na génese e no envolvimento ao longo destes 25 anos.

Por último, um agradecimento a todos os dirigentes que nestes 25 anos oxigenaram esta instituição. Já falei num deles, permitam-me que  nos elementos dos atuais órgãos sociais, agradeça a todos os que por aqui passaram. Neste momento, o António Rodrigues é o rosto deste projeto social de relevância para a Freguesia de Loureiro. As minhas felicitações pelo seu trabalho e da sua equipa.

Caras amigas e amigos

O trabalho segue porque o tempo não se compadece com paragens. Mas registar o que se vai passando pelo tempo é uma das coisas que me é mais querida. Assim sendo, foi com muita satisfação que recebi a edição deste livro agora apresentado e que registará, estou certo, estes 25 anos de memórias.  Obrigado pela partilha que as suas páginas contêm.

Para terminar, quero lembrar que as pessoas mudam mas as instituições ficam, nesse sentido, é justo reconhecer, acarinhar e alargar o trabalho em rede, o respeito mútuo e o bom senso. A Junta de Freguesia, parceiro importante na concretização desta obra social, dantes como agora, está presente.  Por isso esta autarquia tem reforçado o apoio a esta associação e este ano fê-lo novamente, por isso ajuda na atividade do carnaval que a ASSL organiza, por isso criou condições no Encontro de Gastronomia para que esta e outras associações tenham mais uma fonte de receita, por isso dizemos presente mais uma vez.

A ação social é uma área que me é querida e sensível. Como representante dos presidentes de Junta do Concelho no Núcleo Executivo da Rede Social de Oliveira de Azeméis, que se reúne todas as semanas sob a orientação da Dra. Gracinda Leal, pugnamos para que cada vez mais estas questões da solidariedade social entrem nas nossas vidas, não como um adereço que fica bem olhar, mas como uma ferramenta ao serviço de todos.

E a esse nível, existe um antes e um depois da entrada da Dra. Gracinda Leal como Vereadora deste pelouro. O concelho de Oliveira de Azeméis subiu vários degraus em qualidade com a sua força e as suas políticas sociais. Só gostaria que em outras áreas a tivessem imitado, tanto no querer, como na capacidade de alavancar projetos.

Obrigado a todas e a todos pela paciência com que ouviram as minhas palavras e endereço um viva de parabéns muito forte à Associação de Solidariedade Social de Loureiro.

Viva!...

Rui Luzes Cabral
19 de Novembro de 2016