Divulgação Vespa Asiática
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A Vespa-Asiática é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia (responsável pela produção de mel). A sua introdução involuntária na Europa ocorreu em 2004 no território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010, em Portugal e Bélgica em 2011 e em Itália em finais de 2012. A dispersão registada no território Europeu terá ocorrido através do transporte de material vegetal pela via terrestre.

A sua presença apresenta riscos para a saúde pública e para o exercício da apicultura, e apesar desta espécie não ser mais agressiva que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições, até algumas centenas de metros. Trata-se de uma vespa de grandes dimensões (a rainha podem atingir os 3,5 cm de comprimento), de coloração castanho-escura ou preto aveludado, delimitado por uma faixa fina amarela e um único segmento abdominal quase inteiramente amarelado-alaranjado. As patas são escuras, sendo as suas extremidades amarelas, característica que a leva a ser vulgarmente designada por “vespa as patas amarelas”.

Esta espécie apresenta um ciclo biológico anual, sendo caracterizado pela construção de dois tipos de ninho: primários com cerca de 5-10 cm de diâmetro, construídos geralmente durante os meses de fevereiro e março; e secundários, de forma arredondada ou ovais, com cerca de 50-80 cm de diâmetro, que surgem geralmente nos meses de setembro e outubro em árvores altas existentes em áreas urbanas e rurais. Não existe ainda nenhum método de controlo eficaz para eliminar esta praga, sendo aconselhado pelas Entidades responsáveis pela coordenação e aplicação do Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF,I.P.), a destruição de ninhos pelas Câmaras Municipais, concretamente através dos Serviços Municipais de Proteção Civil, recorrendo a técnicas e equipamentos específicos para este efeito.

É desaconselhável a utilização de armas de fogo e a destruição parcial dos ninhos, uma vez que esta ação promove a disseminação das vespas, e consequente construção de novos ninhos e dispersão da praga. É frequente o relato de avistamentos de exemplares adultos em árvores fruteiras, sem a deteção de qualquer ninho nas proximidades e, consequentemente, sem possibilidade de atuação por parte dos Serviços Municipais. Relativamente a estas situações esclarecemos que este inseto, apesar de predador, necessita de substâncias açucaradas para completar o seu ciclo de vida, alimentando-se igualmente de substâncias como meladas de outros insetos, néctares e sucos de frutos, alimentos que geralmente são encontrados nestas fruteiras.

A nível municipal, e há semelhança de toda a Região Norte, a praga encontra-se dispersa pelo território, não sendo uma problemática específica de qualquer freguesia. Face ao exposto, é de extrema importância a colaboração de todos na deteção e comunicação da existência desta praga aos serviços municipais, quer de avistamento de exemplares adultos, quer de ninhos, os quais são registados em plataforma especialmente criada para este efeito (plataforma nacional, criada no âmbito do Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal), sendo acionados de imediato os meios de controlo e erradicação disponíveis e passíveis de utilização.

Para mais esclarecimentos poderá ainda ser consultada a página da Câmara Municipal, separador Ambiente – Floresta – Fatores Bióticos –Vespa velutina. (http://www.cm-oaz.pt/ambiente.351/floresta.431/agentes_bioticos_-_pragas.1224/vespa_velutina.1326.html).