Discurso Tomada de Posse 2009
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Exmo. Presidente da Assembleia de Freguesia

Exmo. Presidente da Assembleia de Freguesia Cessante

Exmos. Vereadores, Helena Terra e Isidro Figueiredo

Exmos. Presidentes de Junta do Pinheiro da Bemposta e de Avanca

Exmo. Presidente de Junta Cessante

Exmos. Dirigentes Associativos

Familiares e amigos

Loureirenses

Quero em primeiro lugar expressar a minha gratidão pela forma como decorreram as eleições autárquicas do passado dia 11 de Outubro e a campanha realizada pelas forças políticas envolvidas. Agradeço em meu nome pessoal e também em nome da lista do Partido Socialista aos loureirenses pela confiança que depositaram em nós através do voto livre e democrático. A democracia falou mais uma vez e, desta vez, quis que se iniciasse um novo ciclo. Ainda não ganhei, ainda não ganhamos nada, simplesmente só fomos a lista mais votada. Só se saberá se loureiro e os loureirenses ganharam alguma coisa, se ao longo deste mandata 2009/2013 conseguirmos fazer aquilo que há anos andamos a diagnosticar, há anos andamos a alertar que deve ser feito. Aí sim, poderemos dizer que se materializou a Verdadeira Mudança. Para isso, conto e contamos com todos e estamos abertos e disponíveis para abraçar qualquer ideia, venha de onde vier, desde que seja, a nosso ver, um contributo para o desenvolvimento da nossa terra.

 

Acabada a disputa eleitoral, posso-vos dizer que não há pessoa, não há lugar, não há instituição que esteja acima de qualquer outra. Todos estamos ao mesmo nível, todos aguardaremos pela nossa vez, de acordo com as possibilidades existentes ou criadas. Nunca neguei as minhas convicções políticas ou as tentei mascarar e, não me envergonho de dizer em todo o lado que sou um político local. Nunca escondi a minha religiosidade, nunca me protegi da opinião que tenho e sempre a publiquei ou expressei onde quer que fosse. Nunca agi de forma a trair a minha consciência. Sou um loureirense. Um loureirense que sempre se empenhou nas actividades da terra. O cargo que agora recebi dos loureirenses, dá seguimento ao trabalho que tenho desenvolvido.

 

Estou grato por confiarem em mim e, terem confiado da forma expressiva que o fizeram. Sei que as expectativas são altas, mas mais alta é a minha vontade, é a vontade da minha equipa. Quem não pensa alto, com a ideia de conseguir transformar a utopia em realidade, nunca compreenderá que, como dizia o poeta, “o sonho comanda a vida”. E em Loureiro, a utopia de ontem é hoje a realidade. Neste momento em que me estou a dirigir a vós como presidente de junta, quero endereçar uma palavra de agradecimento a todos os membros da assembleia de freguesia cessantes, pelo trabalho realizado e dedicação demonstrada.

 

Ao presidente da assembleia cessante nos últimos 12 anos, Sr. Mário Lopes, que antes disso foi quase duas décadas presidente de junta, quero dizer-lhe que há momentos de combate político, há momentos para discordar e para combater. Este é o momento para lhe agradecer tudo o que soube e foi capaz de fazer por Loureiro. Mas os últimos 30 anos tiveram mais dois actores políticos que se destacaram, independentemente das ideologias e opiniões diversas que possamos ter. Um é o Sr. Júlio Castro que serviu a causa pública dezenas de anos e que agora se retira. Desejo-lhe as maiores felicidades pessoais. Por último, ao presidente de junta cessante, António Rodrigues, que ao longo dos últimos 12 anos geriu esta freguesia. Quero dizer-lhe muito sinceramente que apesar das discussões que mantivemos nas assembleias de freguesia, sempre soube distinguir a política que se fazia nesse local, da relação pessoal que sempre tivemos. Agradeço-lhe ter ocupado todos esses anos da sua vida a tratar de assuntos de todos nós. Olhando agora para o futuro, espero da nova assembleia de freguesia um trabalho sério e desapaixonado. Espero que cada um siga a sua consciência, que expresse com convicção a sua opinião e que veja isso, não como um qualquer ajuste de contas político, mas uma etapa normal do processo democrático. Em política não se devem combater pessoas, em política devem-se combater políticas. Se assim for, Loureiro estará no pelotão da frente e distinguir-se-á pela nova forma de fazer política, pois já não estamos nos anos oitenta ou noventa do século passado. Quem não perceber a nova realidade, não conseguirá responder às novas expectativas dos cidadãos.

 

Loureirenses

 

Do mandato que agora se inicia espera-se muito trabalho, à semelhança de outros. É nosso intuito cumprir na totalidade o programa eleitoral sufragado e, realizar outras actividades ou obras que não estando nesse programa serão uma mais-valia para todos nós. Sabemos todos quais são as prioridades, sabemos quais as obras que ultimamente esperam serem concluídas e outras que não sendo promessas antigas, exigem concretização. Não vou ser repetitivo e enumerar aqui novamente o manifesto eleitoral que todos receberam. Quero no entanto referir que o sucesso deste mandato não depende só de nós, mas também de todos vós, mas também da Câmara Municipal. E por falar na nossa Câmara, quero aqui confessar-vos que no mandato que agora terminou 2005/2009, o PS, enquanto oposição, foi até mais duro em relação à Câmara do que em relação à Junta, isto porque somos responsáveis e sabemos as competências de cada instituição. Se há pouco disse que para mim ninguém está acima de ninguém, também da mesma forma vos digo que nenhuma freguesia deverá estar acima das outras. E convenhamos, minhas caras amigas e amigos, Loureiro, e isso é público e notório, foi bastante descriminado negativamente pela nossa Câmara Municipal. O nosso presidente de Junta não merecia isso, nem tampouco a nossa gente, que aqui vive todos os dias. Por isso, uma coisa eu vos digo. O novo Presidente de Câmara se estiver disponível para mudar essa atitude do passado, encontra neste novo executivo da Junta de Freguesia a colaboração que talvez nem pense que seja possível acontecer. Mas se Loureiro continuar a ser uma freguesia enteada, digo-vos que, politicamente, Loureiro vai demonstrar o que quer. Depois destas eleições, julgo, não existirem mais dúvidas sobre isso. Eu como presidente de junta estenderei uma mão e depois a outra, mas só se sentir que há respeito e profissionalismo político. É que para mim o século XX já terminou há 9 anos. Vivemos agora noutro tempo.

 

Para os funcionários e colaboradores desta freguesia, quero lhes dizer que o sucesso deste executivo só acontecerá com o seu empenho, a sua satisfação e motivação. Conto com eles e quero que saibam que tudo faremos para que se sintam felizes no que fazem. E como dizia um dia alguém, “não importa o que fazemos, importa sim o bem que possibilitamos quando fazemos algo pelos outros”. E nós na junta, políticos e funcionários não somos avaliados só pelo chefe de serviço, somos avaliados todos os dias pelos cidadãos.

 

Loureirenses

 

Não vos quero demorar, nem pretendo que este discurso seja um folhetim de recados ou de propostas artificiais. Quero que interpretem este discurso como um acto de humildade e de sinceridade. Assim sendo, lutarei sempre e sempre por um Loureiro melhor. Com melhores infra-estruturas, melhor cultura, mais cidadania, exigência no ambiente, preservação das nossas tradições e património.

 

Sou o Rui, simplesmente e, não ambiciono mais do que sou e sempre foi enquanto pessoa. Estou agora à frente da junta de freguesia, mas as pessoas passam e as instituições ficam. É isso o que pretendo ser e fazer, que eu passe e que a instituição junta de freguesia fique. Mas quero que neste passar possa contribuir para o bem de todos, para o bem de Loureiro.

 

Viva Loureiro!

 

Obrigado a todos

 

Rui Luzes Cabral Loureiro, 03 de Novembro de 2009

Discurso da Tomada de Posse como Presidente da Junta de Freguesia de Loureiro, Oliveira de Azeméis.